quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Vida no ônibus

Vida no ônibus

Vida, vem, varre e volta, vence minha revolta, faz-me compreender
Vida, dá uma volta, vida, vem e me sufoca até eu morrer
Vida, varre todo o ego, desmonta o prédio desse vão viver
Vida, vem, não me ignora, joga logo fora quem eu tento ser

Vida, vem como uma faca, que bem amolada cirurgia faz
Vida, vem, me dá tua vida e vem como o noivo me encontrar fugaz
Vida, vem como um cordeiro, bem tranquilo e manso, com sereno olhar
Vida, tu que és minha vida, vem e volta logo que vou te esperar

Anderson Oliveira, data incerta.

Fiz essa poesia enquanto estava numa viagem de ônibus indo a um evento da ABU em outro estado enquanto pensava na vida, olhava a criação pela janela e ouvia o som do vento.

O andarilho e o peregrino


O andarilho e o peregrino

Caminha e não se detém
Não se assenta, dormita ou descansa
Mas contempla e ainda retém
Na beleza criada, a esperança

Já eu paro, contemplo, e olho
E desisto do meu desistir
Reverente alegria! Me dobro.
Eu renovo e confirmo o meu ir

Ao andar Ele faz o caminho
Inda vê-se algumas pegadas
Dá um mapa com certo destino
E conduz pela dúbia jornada

Na incerteza do meu caminhar
Certo é que estou em suas mãos
Se esmoreço e preciso parar
Logo há sombra a minha visão

Não cheguei mas estou a caminho
Os espinhos vou ter que pisar
Mas é certo que sou peregrino
Não me turbo, pois tenho o meu lar

Anderson Oliveira, 23.03.2019

Quando preciso ser forte, preciso ser fraco


Quando preciso ser forte, preciso ser fraco

Quando as coisas fogem do controle,
quando eu não estou no controle,
quando não faço o que quero,
quando faço o que não quero.

Quando digo somente o que penso,
quando não penso no que eu digo,
quando não penso e ainda digo,
quando o que penso não sigo.

Faz-me mais fraco, Senhor...
Faz-me mais fraco.
Pois quando preciso ser forte,
na verdade, preciso ser fraco.

Quando murmuro sem palavras,
quando esmoreço sem reclamar,
quando me entristeço nas circunstâncias,
e não mais me alegro em peregrinar.

Quando o ídolo se mostra em nudez,
e a minha força revela altivez,
quando o cálice cheio transborda,
com o meu pecado já pago uma vez.

Faz-me mais fraco, Senhor...
Faz-me mais fraco.
Pois quando preciso ser forte,
na verdade, preciso ser fraco.

Quando a graça vem em amor
e não mais confio na minha verdade,
quando caem as escamas dos olhos
e eu enxergo o Cristo na Cruz.

Quando o Pai me recebe na porta,
e o Filho me chama de irmão,
quando o Espírito me lava os olhos
com lágrimas que dizem perdão:

Tu me fez mais fraco, Senhor!
Tu me fez mais fraco.
Quando precisava ser forte
o meu Deus foi por mim.

Anderson Oliveira, data incerta do ano de 2017.

Essa poesia me veio por inspiração do texto bíblico em 2 Co 12:10.

Ganhei um concurso de poesias com ela e por prêmio recebi uma bíblia de estudo Genebra de meu amigo Alan Keuce. Também está postada no blog Ideias que voam.

Estou em Manhattan, NY…

Nunca pensei que viria para os EUA, muito menos NY. Nunca planejei e nunca desejei para falar a verdade. Na providência divina o Senhor me t...