O andarilho e o peregrino
Caminha e não se detém
Não se assenta, dormita ou descansa
Mas contempla e ainda retém
Na beleza criada, a esperança
Já eu paro, contemplo, e olho
E desisto do meu desistir
Reverente alegria! Me dobro.
Eu renovo e confirmo o meu ir
Ao andar Ele faz o caminho
Inda vê-se algumas pegadas
Dá um mapa com certo destino
E conduz pela dúbia jornada
Na incerteza do meu caminhar
Certo é que estou em suas mãos
Se esmoreço e preciso parar
Logo há sombra a minha visão
Não cheguei mas estou a caminho
Os espinhos vou ter que pisar
Mas é certo que sou peregrino
Não me turbo, pois tenho o meu lar
Anderson Oliveira, 23.03.2019
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