quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Vida no ônibus

Vida no ônibus

Vida, vem, varre e volta, vence minha revolta, faz-me compreender
Vida, dá uma volta, vida, vem e me sufoca até eu morrer
Vida, varre todo o ego, desmonta o prédio desse vão viver
Vida, vem, não me ignora, joga logo fora quem eu tento ser

Vida, vem como uma faca, que bem amolada cirurgia faz
Vida, vem, me dá tua vida e vem como o noivo me encontrar fugaz
Vida, vem como um cordeiro, bem tranquilo e manso, com sereno olhar
Vida, tu que és minha vida, vem e volta logo que vou te esperar

Anderson Oliveira, data incerta.

Fiz essa poesia enquanto estava numa viagem de ônibus indo a um evento da ABU em outro estado enquanto pensava na vida, olhava a criação pela janela e ouvia o som do vento.

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