"Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus." - Mateus 5:14-16
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
Cordel para as confreiras
Cordel para as confreiras
Boa tarde minhas cumadre
Boa noite se tem lua
Cumprimento também os homi,
Que hoje num passam fome
Comem patê de renome.
Só sei que hoje ninguém jejua.
Mas deixa a comida de lado,
a sua hora vai chegar...
Agora eu vou dizer
O que danado vim fazer:
A confraria descrever
e essas mulé apresentar
Vamo logo pelo nome
"Confraria feminina"
Digo mermo, digo agora
Copiaram da reforma
Sem frescura e sem demora,
Bendito plágio dessas menina
No coração das confreira
o desejo de a Deus dar glória
Na palavra e com fé
Buscando o que Deus quer
Pra pela graça ser mulher
e só em Cristo ter vitória
Também vou comentar
Um dos lemas que elas tem
Teologia da fuleira
só produz muié reiêra
e o que evita fazer besteira
é estudar a palavra bem
Tem outro lema que eu sei
"fé patê salvação"
Quando bota o patê no meio
Pense num recheio!
Se a salvação fosse por obras
ocês num tinha parêa não.
Mas voltando pro que é sério
Vamo falar de história
Já faz um ano que cês tão aqui
Estudando pra redimir,
resgatar e assumir
a feminilidade que o mundo devora
Trabalham o sentido
do que é ser piedosa,
tempo e prioridades,
um falar santo de verdade,
até masculinidade
já foi assunto de prosa
O que significa ser mulher?
E a vocação de ser mãe?
Como a queda tem nos afetado
O feminismo confrontado
Tudo isso foi estudado
para crescimento das irmãs.
Mas eu sei que ao Pai alegra,
muito mais que o entendimento,
é ver um coração bondoso,
muito além do religioso,
quando o Espírito, todo jeitoso,
moldo o filho aí dentro.
Pra tudo isso e muito mais
a confraria tem servido:
aumentar em conhecimento,
santificação e crescimento,
amizade e alento,
tudo graças ao Deus querido.
Para acabar como crente
eu vou pedir uma coisa já
Pensando no que Deus fez:
no sacrifício pago uma vez,
na bondade dele com vocês,
vamo todo mundo orar.
Anderson Oliveira, 20.11.2017.
Escrevi esse pequeno cordel em comemoração ao aniversário do grupo confraria feminina, um ajuntamento de mulheres piedosas buscando definir sua feminilidade e identidade em Cristo.
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Eu sou pó, eu sou barro e argila
Junto a terra eu ganhei feição
De um sopro a minha vida destila
Alma viva que surge do chão
Sou Adão, sou Abel, eu sou Sete
Sou feitura de ti, Criador
De glória e honra fizestes
Uma coroa pra mim de esplendor
Sou menor que os anjos por pouco
Jardineiro por imitação
No cultivo eu ganho meu soldo
E aumento o domínio de Adão
Também sou Ninrode e Caim
Assassino e vil traidor
Ser caído, rebelde, sou sim
Orgulhoso, infiel pecador
No jardim eu desobedeci
Na fogueira, meu mestre neguei
Com um beijo insincero traí
E fingi ser amigo, eu sei
Não fiz isso só no passado
Tenho culpa que é bem mais recente
Pelo justo juíz condenado
Levo fardo de peso crescente
Mas se isso tudo é verdade
Quão terrível é o meu viver!
Ser quem sou não me dá saciedade
Me encarcera e condena no ser
Eu preciso encontrar um caminho
Fuga certa daquilo que sou
Um forte, uma casa, um ninho
Um jardim sem serpente ou dor
Eu me torno como uma criança
Sou mui frágil, preciso de um lar
Busco então uma outra esperança
Quem eu sou já não pode bastar
Vejo em Cristo a minha saída
“Vinde a mim”, ele diz mansamente
Até que enfim, cesso minha lida
“Quem sou eu” encontrei finalmente
Anderson Oliveira, 2.12.2019
Quando fui escrever na aba "quem sou eu" do blog não pude deixar de meditar nessa pergunta tão importante. Não me satisfazendo com uma simples resposta objetiva e descritiva, escrevi essa poesia.
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
Vida no ônibus
Vida no ônibus
Vida, vem, varre e volta, vence minha revolta, faz-me compreender
Vida, dá uma volta, vida, vem e me sufoca até eu morrer
Vida, varre todo o ego, desmonta o prédio desse vão viver
Vida, vem, não me ignora, joga logo fora quem eu tento ser
Vida, vem como uma faca, que bem amolada cirurgia faz
Vida, vem, me dá tua vida e vem como o noivo me encontrar fugaz
Vida, vem como um cordeiro, bem tranquilo e manso, com sereno olhar
Vida, tu que és minha vida, vem e volta logo que vou te esperar
Anderson Oliveira, data incerta.
Fiz essa poesia enquanto estava numa viagem de ônibus indo a um evento da ABU em outro estado enquanto pensava na vida, olhava a criação pela janela e ouvia o som do vento.
Vida, vem, varre e volta, vence minha revolta, faz-me compreender
Vida, dá uma volta, vida, vem e me sufoca até eu morrer
Vida, varre todo o ego, desmonta o prédio desse vão viver
Vida, vem, não me ignora, joga logo fora quem eu tento ser
Vida, vem como uma faca, que bem amolada cirurgia faz
Vida, vem, me dá tua vida e vem como o noivo me encontrar fugaz
Vida, vem como um cordeiro, bem tranquilo e manso, com sereno olhar
Vida, tu que és minha vida, vem e volta logo que vou te esperar
Anderson Oliveira, data incerta.
Fiz essa poesia enquanto estava numa viagem de ônibus indo a um evento da ABU em outro estado enquanto pensava na vida, olhava a criação pela janela e ouvia o som do vento.
O andarilho e o peregrino
O andarilho e o peregrino
Caminha e não se detém
Não se assenta, dormita ou descansa
Mas contempla e ainda retém
Na beleza criada, a esperança
Já eu paro, contemplo, e olho
E desisto do meu desistir
Reverente alegria! Me dobro.
Eu renovo e confirmo o meu ir
Ao andar Ele faz o caminho
Inda vê-se algumas pegadas
Dá um mapa com certo destino
E conduz pela dúbia jornada
Na incerteza do meu caminhar
Certo é que estou em suas mãos
Se esmoreço e preciso parar
Logo há sombra a minha visão
Não cheguei mas estou a caminho
Os espinhos vou ter que pisar
Mas é certo que sou peregrino
Não me turbo, pois tenho o meu lar
Anderson Oliveira, 23.03.2019
Quando preciso ser forte, preciso ser fraco
Quando preciso ser forte, preciso ser fraco
Quando as coisas fogem do controle,
quando eu não estou no controle,
quando não faço o que quero,
quando faço o que não quero.
Quando digo somente o que penso,
quando não penso no que eu digo,
quando não penso e ainda digo,
quando o que penso não sigo.
Faz-me mais fraco, Senhor...
Faz-me mais fraco.
Pois quando preciso ser forte,
na verdade, preciso ser fraco.
Quando murmuro sem palavras,
quando esmoreço sem reclamar,
quando me entristeço nas circunstâncias,
e não mais me alegro em peregrinar.
Quando o ídolo se mostra em nudez,
e a minha força revela altivez,
quando o cálice cheio transborda,
com o meu pecado já pago uma vez.
Faz-me mais fraco, Senhor...
Faz-me mais fraco.
Pois quando preciso ser forte,
na verdade, preciso ser fraco.
Quando a graça vem em amor
e não mais confio na minha verdade,
quando caem as escamas dos olhos
e eu enxergo o Cristo na Cruz.
Quando o Pai me recebe na porta,
e o Filho me chama de irmão,
quando o Espírito me lava os olhos
com lágrimas que dizem perdão:
Tu me fez mais fraco, Senhor!
Tu me fez mais fraco.
Quando precisava ser forte
o meu Deus foi por mim.
Anderson Oliveira, data incerta do ano de 2017.
Essa poesia me veio por inspiração do texto bíblico em 2 Co 12:10.
Ganhei um concurso de poesias com ela e por prêmio recebi uma bíblia de estudo Genebra de meu amigo Alan Keuce. Também está postada no blog Ideias que voam.
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